Se tem uma coisa que me tira do sério é gente que acha que “cortar gasto é coisa de mente escassa”.
Aí o sujeito tá vendendo igual camelô em dia de chuva e gastando como se tivesse fechado contrato com a NASA. Tudo no modo “vai dar certo”, mesmo com o caixa sangrando igual figurante em filme do Tarantino.
Mas tá tudo certo, né? Vamos vibrar alto, comprar café colombiano de R$ 50 o quilo, assinar software que ninguém abre, alugar sala maior “porque cliente repara”. Ah, sim: repara mesmo, no CNPJ quebrando.
O Brasil é o país do empreendedor romântico
Pra você ter uma ideia, quase 7 milhões de empresas fecharam 2024 negativadas. Não foi por falta de coragem. Coragem o brasileiro tem de sobra — o que falta é planilha, bom senso e um pouquinho de humildade financeira.
Tem gente que prefere parecer próspero do que ser. Prefere manter a pose do que encarar o óbvio: empresa não vive de vibe, vive de caixa.
Reduzir custo não é ser pão duro. É ser inteligente.
Não tem nada de feio em revisar despesas. O que é feio é:
- Faturar 10 mil e gastar 15 “porque agora vai”.
- Contratar ferramenta que ninguém sabe usar.
- Fazer upgrade de sede sem upgrade de cliente.
- Querer status de empresa grande com a saúde de uma micro que vive de boleto descontado.
Redução de custos nas empresas não é castigo — é estratégia.
E se você não tiver esse músculo agora, o mercado vai te ensinar com juros.
Cortar o supérfluo salva. E rápido.
Antes de pensar em crescer, pense em durar. E pra durar, o mínimo é:
- Saber o que entra e o que sai.
- Cortar o que não traz retorno.
- Priorizar o que gera caixa.
- Ter coragem de dizer “não precisa disso agora”.
Conclusão?
Quem não corta o excesso com planilha, vai cortar a operação com rescisão.
E o nome disso não é escassez. É lucidez.
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