Daria um braço pra ter lido isso em 2017
Abrir uma agência de marketing parece glamouroso no pitch do LinkedIn. mas, na prática? É Excel, boleto e cliente sumido no WhatsApp.
Se eu pudesse sentar com meu eu de 2017, soltaria esses seis conselhos. Talvez evitasse umas boas enxaquecas — e uns rombos no caixa.
1. Aprenda a vender (mesmo que você odeie isso)
Não adianta ser o mago do branding se você não sabe colocar preço, apresentar proposta e fechar.
Quem cresce não é quem entrega melhor. É quem vende melhor.
Fuja da ilusão de que “o trabalho fala por si”. Ele fala, sim. Mas em sussurros.
Enquanto isso, quem sabe vender tá gritando no megafone e assinando contrato.
Dica financeira: Faça uma projeção realista de vendas por trimestre. E sim, inclua a sazonalidade. Vendas fracas em janeiro e julho são quase regra. Se prepare.
2. Encontre bons parceiros (e fuja dos sugadores de energia)
Você vai precisar de ajuda. Redator, designer, dev, financeiro…Achar bons parceiros é como montar um time de futebol com gente que joga pelo coletivo, não pelo ego.
E nem só de profissional vive uma parceria: Um bom contador, por exemplo, vale ouro. Te livra de multa, te ensina a fazer pró-labore e até te impede de misturar conta da empresa com o Pix da pizza.
3. Onboarding não é frescura, é sobrevivência
Cliente feliz não é o que assinou contrato, é o que sabe exatamente o que esperar de você.
Fazer um onboarding decente salva o projeto, o relacionamento e sua sanidade.
Estabeleça prazos, metas, formas de comunicação e, principalmente, o que não está incluso.
Ponto de atenção no financeiro: Deixe claro o modelo de cobrança (hora, projeto, recorrência) e evite “ajustezinhos” fora do escopo. Eles são um buraco negro no fluxo de caixa.
4. Processos não matam a criatividade. Eles salvam sua empresa.
Sabe aquele caos de job que some, briefing que não chega, e feedback que vem por áudio de 5 minutos? É falta de processo.
Não precisa virar uma consultoria de Excel, mas crie um mínimo de estrutura: Checklists, templates, status por etapa.
Controle é dinheiro.
Processo é o que separa a agência que dá lucro da que vira escrava de refação.
5. Especialize-se (ninguém lembra de quem faz “um pouco de tudo”)
Em 2017, eu queria atender todo mundo. Padaria, dentista, fintech e influencer.
Erro clássico.
Quando você se especializa, seja em um nicho ou em um tipo de entrega, você deixa de competir por preço e começa a disputar por valor.
Resultado? Mais assertividade nos projetos, menos tempo perdido e clientes que pagam mais.
6. Mudar não é fraqueza. É sobrevivência.
O marketing muda o tempo todo. O cliente muda. A plataforma muda. Se você continuar insistindo em um modelo que já morreu, a única coisa que vai crescer é o seu prejuízo.
Tenha coragem de pivotar. Pode ser mudar o posicionamento, o time, o serviço principal… ou tudo isso junto.
Dica de ouro: Revise seu modelo de negócio a cada 6 meses.
Olhe para margem de lucro, inadimplência, tempo médio de projeto e custo fixo. A matemática conta a verdade que seu ego tenta esconder.
Abrir uma agência de marketing é fácil. Mantê-la viva, nem tanto.
Se você já começou ou tá sonhando com o CNPJ, pega esses conselhos e anota na parede.
Cada linha aqui foi escrita com base em erros reais, boletos vencidos e aprendizados de madrugada.
A boa notícia? Dá pra fazer dar certo.
A má notícia? Dá trabalho.
Mas se você aprender a vender, controlar o caixa e fugir de ciladas…
Você chega lá.
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